Segunda, 16 de setembro de 2024
Polícia

02/08/2024 às 19h08

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Redacao

Vila Velha / ES

Dois juízes são detidos em operação contra lavagem de dinheiro
Esquema investigado pelo MPES envolveria 34 pessoas, incluindo ainda advogados
Dois juízes são detidos em operação contra lavagem de dinheiro
MPES

Os juízes Bruno Fritoli Almeida e Maurício Camatta Rangel estão entre os detidos na manhã desta quinta-feira (1º) durante a "Operação Follow the Money", deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central Norte), em cumprimento a mandados judiciais.


Bruno Fritoli continua preso no Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, e Maurício Camatta Rangel foi liberado com tornozeleira eletrônica. Bruno chegou a ser suspenso das funções em 2023, depois de oito anos de atuação nas comarcas de Barra de São Francisco e Ecoporanga, no noroeste do Estado, mas foi reconduzido por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).



Também estão presos os advogados Ricardo Nunes de Souza, Vicente Santorio Filho e José Joelson Martins de Oliveira, e são investigados Isaac Beber Padilha, Wisley Oliveira da Silva, Lucas Beber Padilha, Lucas Gonçalves da Silva e Vaguiner Coelho Lopes.


A ação do MPES visa agentes públicos e particulares envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), lavagem de capitais (Lei nº 9.613/98), corrupção ativa e passiva, fraude processual e falsidade documental. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES), atendendo a requerimentos do órgão ministerial contra 34 pessoas envolvidas no esquema, incluindo ainda advogados.

Com o apoio da Polícia Militar, a operação consiste no cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, 30 de busca e apreensão, dois de afastamento funcional de agentes públicos, e 13 de suspensão do exercício da atividade profissional e de proibição de contato entre pessoas e de acesso às dependências de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico.

Segundo o MPES, as investigações colheram "evidências contundentes do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos".

Residências de investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são alvos das diligências. Ao todo, nove membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 97 policiais.

FONTE: Século Diário

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