05/04/2024 às 20h31
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Redacao
Vila Velha / ES
Uma pessoa em situação de rua faleceu na madrugada desta sexta-feira (5) na calçada da rua Chico Marapé, em Marataízes, no litoral sul do Espírito Santo. Entretanto, o corpo permaneceu no espaço por várias horas, tendo sido retirado pela Polícia Científica (PCIES) somente às 16h45.
Segundo Marcelo Gobbi, que trabalha em uma loja próxima ao local, o homem em situação de rua teve o que pareceu ser um infarto. Outras duas pessoas em situação de vulnerabilidade social que conheciam o homem, não identificado, permaneceram sentados próximos ao corpo, e realizaram a limpeza da calçada logo após a retirada do cadáver.
Ainda de acordo com Marcelo, a Polícia Militar realizou uma blitz em uma avenida próxima e estava desviando o trânsito justamente para a rua Chico Marapé. "As pessoas passavam e perguntavam, e ao mesmo tempo se revoltavam em saber que aquele corpo ficou ali o dia todo, em uma temperatura de 29 graus", relata.
A Guarda Civil Municipal de Marataízes foi até a rua Chico Marapé atender à ocorrência e posicionou uma viatura cercando o local. Os agentes ficaram no espaço até a chegada do veículo que recolheria o corpo. Já a Polícia Científica informou, em nota, "que a perícia da PCIES foi acionada na tarde desta sexta-feira (5), por volta de 13h57, para uma ocorrência de encontro de cadáver, possível morte natural, na região de Cidade Nova, em Marataízes".
Ainda de acordo com a PCIES, "imediatamente após ser acionada, uma equipe foi enviada ao local e realizou o recolhimento do corpo da vítima, um homem em situação de vulnerabilidade social, que já foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares".
Entretanto, no horário em que a nota foi enviada para Século Diário, às 16h21, o corpo ainda estava no local. Questionada novamente, a PCIES afirmou que "a informação oficial está mantida. Cabe destacar que o Serviço Médico Legal (SML) está em Cachoeiro de Itapemirim, portanto, existe tempo de deslocamento até Marataízes, sendo que o acionamento ocorreu próximo às 14h".
Segundo Júlio César Pagotto, coordenador da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de Vitória, não é comum que o corpo de uma pessoa em situação de rua fique tanto à espera de ser recolhido.
"Quando não há o rabecão, o próprio Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] costuma ser acionado, porque tem essa interligação entre os serviços. Está nas leis orgânicas municipais que é preciso zelar por todos os cidadãos, e não somente aqueles com residência fixa no município, comenta Júlio Cesar.
Em Marataízes, o atendimento a pessoas em situação de rua é feito por órgãos ligados à Secretaria Municipal de Assistência Social, Habitação e Trabalho. Entretanto, de acordo com o organograma da secretaria disponibilizado no site da prefeitura, não há um equipamento específico e funcionários especializados nesse público.
FONTE: Século Diário
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