22/01/2024 às 09h35
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Redacao
Vila Velha / ES
Em outubro deste ano, os eleitores vão às urnas em todo o país para escolher prefeitos e vereadores. Nas principais cidades da Grande Vitória, os atuais chefes do Executivo podem tentar a reeleição. Alguns deles já afirmaram, em entrevista à Rádio CBN Vitória, que vão se lançar na disputa. Outros, mantêm suspense. Mas a coluna aposta que todos vão, sim, atrás da recondução ao cargo.
Estamos falando de Arnaldinho Borgo (Podemos), de Vila Velha; Euclério Sampaio (MDB), de Cariacica; Lorenzo Pazolini (Republicanos), de Vitória, Sérgio Vidigal (PDT), da Serra, e Wanderson Bueno (Podemos), de Viana.
Desses, apenas Vidigal é veterano na função. Ele está no quarto mandato à frente da Prefeitura da Serra, mas não de forma consecutiva. Assim, tem o direito de entrar no páreo este ano, de novo.
O pedetista prometeu, ao ser eleito em 2020, que iria "encerrar o ciclo", mas as coisas mudaram. Agora, ele já admite se candidatar. Dez entre dez atores políticos da cidade apostam que é isso mesmo que ele vai fazer, e a coluna concorda.
Vidigal disse que pretende anunciar, ainda na primeira quinzena de janeiro, o caminho a ser trilhado.
Os sinais que o prefeito emite permitem quase adivinhar o futuro. Em entrevista à CBN no último dia 20, ele fez questão de frisar que "a gestão da Serra não foi feita para amadores", ou seja, prefere garantir à população a opção de votar em um político experiente. E quem é mais experiente em administrar a Serra que o próprio Vidigal?
O pedetista conta com o apoio do governador Renato Casagrande (PSB). Recentemente, até provocou uma mudança no primeiro escalão do governo estadual apenas para ter mais perto de si o presidente estadual do PDT, Weverson Meireles.
Outro que não revela, por enquanto, se vai ou não tentar a reeleição é Arnaldinho Borgo. Ex-vereador, ele comanda a Prefeitura de Vila Velha pela primeira vez e praticamente não enfrenta oposição, em se tratando de partidos políticos e vereadores locais.
Além disso, também tem o apoio de Casagrande. Com duas máquinas públicas a seu favor, a municipal e a estadual, Arnaldinho tem a estrada pavimentada para concorrer em outubro.
Além disso, o presidente estadual do Podemos, Gilson Daniel, já elencou como prioridades do partido reeleger os prefeitos de Vila Velha e Viana.
Wanderson Bueno, portanto, é a outra aposta da sigla. Bueno, ao contrário de Arnaldinho, não se fez de rogado. No último dia 19, confirmou, em entrevista à CBN, que vai, sim, disputar a reeleição. Ele já foi secretário municipal, mas exerce o primeiro mandato como chefe do Executivo.
O grupo de Gilson Daniel, do qual o prefeito faz parte, dominou a política de Viana nos últimos anos.
Euclério Sampaio, de Cariacica, também verbalizou à CBN, no último dia 18, o que já era esperado: "Vou tentar a reeleição, sim".
A situação do emedebista é parecida com a de Arnaldinho, politicamente falando. Euclério também não enfrenta uma oposição de peso, tem amplo apoio, unanimidade, na Câmara Municipal. E tem Renato Casagrande como um dos principais aliados.
Graças a obras realizadas integral ou parcialmente pelo governo estadual, os prefeitos de Vila Velha e Cariacica fizeram entregas em ritmo festivo em 2023, o que veio a calhar em ano pré-eleitoral.
A única pedra no sapato de Euclério é o PT. Em 2020, ele enfrentou a ex-secretária municipal de Educação Célia Tavares no segundo turno. O Partido dos Trabalhadores ensaia lançar alguém para concorrer contra o atual prefeito também em 2024.
Já o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, publicamente, não quer nem ouvir falar em reeleição. Questionado durante entrevista à Rádio CBN Vitória, respondeu apenas que "prefere trabalhar". Nos bastidores, contudo, a candidatura dele é dada como certa.
Não à toa, em 2023 Pazolini pacificou as relações com o próprio partido. Havia arestas a serem aparadas após o pleito de 2022. Mas, desde abril de 2023, dois indicados pela legenda compõem o primeiro escalão da Prefeitura de Vitória.
O prefeito, em ano pré-eleitoral, também acelerou entregas de obras e serviços. Até concedeu abono de R$ 2,5 mil aos servidores municipais em dezembro, para azeitar o relacionamento com a categoria.
E ainda ensaiou uma aproximação institucional com Casagrande. Os dois ainda são bem distantes, mas Pazolini não se porta mais como um opositor declarado ao Palácio Anchieta.
De qualquer forma, a máquina estadual vai trabalhar contra a reeleição do prefeito de Vitória.
Casagrande, provavelmente, não vai subir no palanque de nenhum adversário de Pazolini. Não por consideração pelo republicano e sim pelo fato de que vários casagrandistas devem participar da disputa, como os deputados estaduais João Coser (PT) e Tyago Hoffmann (PSB) e o subsecretário estadual de Integração e Desenvolvimento Regional, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).
FONTE: https://www.agazeta.com.br/colunas/leticia-goncalves/os-prefeitos-da-grande-vitoria-que-vao-tentar-a-reeleicao-0124
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