Sexta, 22 de novembro de 2024
Política

22/12/2023 às 23h26

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Redacao

Vila Velha / ES

Pazolini presta contas, ataca ex-prefeitos, e faz discurso de pré-campanha eleitoral
Prefeito disse que "Vitória não é mais o patinho feio" do Sudeste, ao anunciar investimentos para 2024
Pazolini presta contas, ataca ex-prefeitos, e faz discurso de pré-campanha eleitoral
Foto: Reprodução

Vitória é a Suíça Brasileira, na visão do prefeito da Capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos), externada nesta quarta-feira (20) durante sessão especial de prestação de contas realizada na Câmara de Vereadores. O evento, animado por ruidosa claque de apoiadores, com destaque para uma estridente buzina, foi marcado por elogios da maioria dos parlamentares, lançamento de obras para 2024 e ataques a ex-prefeitos (sem citação de nomes), criando uma atmosfera de pré-campanha eleitoral.

Candidato à reeleição em 2024, Pazolini rebateu vários questionamentos do vereador Vinícius Simões (Cidadania), autor do pedido de impeachment contra o prefeito anunciado na sessão, e da vereadora Karla Coser (PT), filha do ex-prefeito João Coser, deputado estadual e pré-candidato do PT em 2024. Ele é apontado, no cenário atual, como o principal adversário da atual administração no pleito do próximo ano.

Já Vinícius Simões é ligado ao deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), também pré-candidato, e um dos mais ferrenhos opositores de Pazolini. Foram registradas acusações, com destaque para o tratamento de "mentiroso". Ao anunciar investimentos de R$ 2 bilhões para 2024, o prefeito disse que saiu de um orçamento de "menos de R$ 7 milhões", no início da gestão, em 2019, para R$ 2 bilhões, valor previsto para investimentos em 2024.

"O que foi feito com o dinheiro, onde foi parar?", perguntou, acrescentando que "acabou o cabide emprego na prefeitura" e enfatizando que, em gestões anteriores, havia "compra de votos e pagamento de propina", sem citar nomes. Pazolini citou ainda, em gestões anteriores, "malas de dinheiro circulando" e, celebrando, disse que "Vitória não é mais o patinho feio".

Os prefeitos que o antecederam foram Luciano Rezende, de 2013 a 2020, que tentou, sem êxito, achar espaço para retornar à política, e João Coser, de 2005 a 2012, considerado no mercado como a outra ponta da polarização em 2024.


A vereadora Karla Coser cobrou questões como a falta de diálogo do prefeito e também sobre os critérios para colocação de asfalto, equipes incompletas nos equipamentos de saúde, e perguntou quando os aprovados no concurso serão chamados. Em resposta, o prefeito exibiu vídeos de gestão anterior, fazendo comparações com a sua administração, em meio a aplausos da claque de seguidores.

Ela falou sobre as indicações encaminhadas e não atendidas, e também da dificuldade de garantir a avaliação anual e progressão do plano de cargos e salários de diversas categorias.

Acompanhado de secretários municipais, Pazolini parabenizou os vereadores e disse que "a Câmara votou projetos extremamente importantes com ética e retidão, e que se não fossem pela gestão compartilhada, não teríamos o êxito que tivemos. As lideranças comunitárias foram importantes para essa virada de foco".

Informou que reduziu em 50% os cargos comissionados e renegociou contratos. "Na redução dos contratos, foram economizados R$ 26 milhões. Pagamos o preço do mercado. Com a folha de pagamento foram economizados R$ 100 milhões. Acabamos com o cabide de emprego", disse.

Ele também valorizou os investimentos em Educação, onde foram aplicados R$ 177 milhões ao longo de três anos, em obras de infraestrutura das escolas. "Vamos ter trinta escolas de tempo integral", apontou, e arrematou: "Temos muito orgulho por termos recebido o prêmio pelo 1º lugar em Educação Pública das capitais brasileiras pelo Ranking Connected Smart Cities 2023".


Ao final da sessão especial, marcada por falas elogiosas e de reduzidos questionamentos, o presidente da Câmara, Leandro Piquet (Republicanos), aliado do prefeito, ao elogiar realizações na mesma área, contou que seu filho, estudante de escola pública do município, na chegada da aula sempre diz: "Papai, não estou com fome, já comi na escola", uma referência ao programa de merenda escolar, de responsabilidade da União, estados e municípios. 

FONTE: Século Diário

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