15/06/2023 às 08h35
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Redacao
Vila Velha / ES
A febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato e causada pela bactéria do gênero Rickettsia, registrou 48 casos no Brasil em 2023. No Espírito Santo, foram confirmados nove casos até o momento, todos com recuperação completa e nenhum óbito. No ano de 2022, foram registrados 25 casos ao longo do ano, com 14 recuperações e 11 óbitos.
Os casos confirmados neste ano são dos municípios de: Afonso Cláudio (1), Barra de São Francisco (2), Colatina (1), Mimoso do Sul (2), Nova Venécia (1), Laranja da Terra (1) e Domingos Martins (1).
O Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) que, em 2022, passou a realizar exames de PCR para a febre maculosa, garantindo maior agilidade no diagnóstico dos casos suspeitos.
Em relação ao período de maior ocorrência de casos, esse acontece entre os meses de agosto a outubro, devido ao aparecimento da fase de ninfa do carrapato.
A prevenção da febre maculosa é baseada em impedir o contato com o carrapato. Portanto, em locais onde haverá exposição ao bicho, algumas medidas podem ajudar a evitar a infecção, como usar roupas claras para ajudar a identificar o bicho; utilizar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta e usar repelentes de insetos.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a remoção – com uma pinça – se um carrapato for encontrado no corpo; não apertar ou esmagar o bicho e, depois de removê-lo inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de se contrair a doença.
Diagnosticar precocemente a febre maculosa é muito difícil, principalmente nos primeiros dias da infecção, já que os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras. Mas o que é importante para o caso, segundo o Ministério da Saúde é se o paciente esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas onde possa ter sido picado por um carrapato.
O profissional de saúde deverá ainda solicitar exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.
Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos específicos seja administrado nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser administrado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, já que ele pode demorar. Segundo o Ministérios da Saúde, em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre.
Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.
FONTE: ES360
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